Trailer do documentário de longa-metragem "1000 Dias" produzido pela Maria Farinha Filmes, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Instituto Alana e Fundação Bernard van Leer. O Lançamento está previsto para março de 2016.
A produção gira em torno da primeira infância, com foco nos primeiros mil e poucos dias (daí o título), que vão desde os nove meses de gestação até os 3 anos de idade. "A mãe é o primeiro exemplo de humanidade que a criança tem contato", diz no trailer o psiquiatra e escritor tcheco Stanislav Grof. O longa, que terá cerca de 1h30 de duração, também trará depoimentos de mães, pais, médicos e especialistas como a neurocientista Patricia Kuhl, da Universidade de Washington, o prêmio Nobel de Economia no ano 2000, James Heckman, e a assessora para a primeira infância do Unicef, Pia Rebello Britto.
O vídeo em homenagem às mães, que reúne trechos de um dos capítulos do documentário, é falado em várias línguas: português, inglês, espanhol, francês e italiano. Segundo Estela – que ainda assina o roteiro de "1000 Dias" e já dirigiu o documentário "Muito Além do Peso" (2012), sobre a obesidade infantil –, a equipe gravou cenas em países como Brasil, Argentina, Canadá, Itália, China, Índia e Quênia. "Queremos mostrar a universalidade da nossa formação, que vai além do lugar ou da religião. As crianças se moldam através das relações, numa combinação de genética, ambiente, com pais, babás, professores, vizinhos", enumera a diretora de 41 anos, que é mãe de três filhos (Marcos, 13, Lucas, 11, e Sienna, 8).
"Acho que a maternidade é um papel grande, nobre. Conflitos fazem parte da vida, mas meus filhos sabem que são amados, respeitados, precisam de limites. E sempre terão para onde voltar, mesmo que se aventurem, tenham os próprios conflitos e frustrações", completa a diretora, que matriculou seus dois primeiros bebês, aos 6 meses de idade, numa creche dentro do campus da universidade onde fazia mestrado.
"Algumas mulheres têm dúvidas [sobre ser mãe], querem fazer carreira antes. Mas, na minha opinião, você não precisa esperar até ter uma carreira incrível. Claro que cada pessoa tem a sua verdade, mas para mim não ia funcionar escolher, o momento era aquele mesmo", diz. "Não sou dona da verdade, fui mãe do jeito que consegui", pondera Estela.
Além disso, a cineasta aponta que o capítulo sobre as mães deixa claro que esta é normalmente a fase mais prazerosa, mas também a mais difícil, da vida de muitas mulheres, e que elas não nascem sabendo ser mães, amamentar ou identificar quando uma criança está com cólica. "Não é um mar de rosas, é um aprendizado, um processo de amadurecimento. Com o tempo, a convivência, a mulher adquire esse saber", avalia. "1000 Dias" ainda revela as dificuldades que as mães enfrentam para conciliar essa função com outras atribuições, e a falta de valorização que muitas delas sofrem.
"O que queremos mostrar com o filme, afinal, é que as crianças, desde a primeira infância, já são pessoas que merecem ser respeitadas, ouvidas, enxergadas, independentemente de conseguirem se expressar com palavras. Elas precisam de atenção, colo, estímulos, segurança e amor", enumera a cineasta. "Esse é um período muito importante, que de fato forma o ser humano. Os 3 primeiros anos são fundamentais, é como uma casa: se você não construir direito, não pode destruir tudo e recomeçar do zero. Não se pode implodir uma pessoa", compara.
Fonte:http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2015/05/07/documentario-brasileiro-sobre-1-infancia-faz-trailer-em-homenagem-as-maes.htm
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